Sobre a identidade brasileira
Resumen
Na condição de sujeitos de um patrimônio civilizatório colonial, as elites
brasileiras sempre tentaram pautar-se por padrões de identificação
coletiva afinados com a Europa, o continente da civilização branca. A
branquitude é o paradigma antropológico hegemônico. Entretanto, a
miscibilidade ou virtude da mistura é a estratégia que dá margem aos
discursos de conciliação das diferenças de classe e de padrão fenotípico. As
fábulas do “homem cordial”, da “convivialidade”, do “caráter pacífico” e
da “consciência não-racista” referem-se a representações sensíveis e
imagens do mundo decorrentes dessa estratégia identitária.